HISTÓRICO
O projeto Baja SAE foi criado na Universidade da Carolina do Sul, Estados Unidos, sob a direção do Dr. John F. Stevens, sendo que a primeira competição ocorreu em 1976. O ano de 1991 marcou o início das atividades da SAE Brasil (Society of Automotive Engineers), que em 1994 lançava o Projeto Baja SAE BRASIL. No ano seguinte, em 1995, era realizada a primeira competição nacional na pista Guido Caloi, bairro do Ibirapuera, cidade de São Paulo. No ano seguinte a competição foi transferida para o Autódromo de Interlagos, onde ficaria até o ano de 2002. A partir de 2003 a competição passou a ser realizada em Piracicaba, interior de São Paulo, no ECPA – Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo. Desde 1997 a SAE BRASIL também apoia a realização de eventos regionais do Baja SAE BRASIL, através de suas Seções Regionais. Desde então dezenas de eventos foram realizados em vários estados do país como Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

O desafio proposto pelo Programa Estudantil Baja SAE foi lançado aos alunos da primeira turma do curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica do Instituto Federal do Piauí – IFPI – Campus Teresina Central em 2008. Os universitários iniciaram os estudos e pesquisas para tornar possível e viável a construção de um veículo caracterizado como Baja SAE, apto a competir nos eventos organizados pela SAE Brasil.
O projeto Baja SAE oferece uma chance ao universitário de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula, visando incrementar sua preparação para o mercado de trabalho. Ao participar do projeto Baja SAE, o aluno se envolve com um caso real de desenvolvimento de projeto, desde sua a concepção, projeto detalhado e construção. No Brasil o projeto recebe o nome de Projeto Baja SAE BRASIL.

Durante dois anos a equipe contou com vários integrantes que apoiaram o desenvolvimento do projeto e do programa dentro do IFPI. Apenas em 2010 o grupo veio a participar efetivamente de uma competição, a 16ª Competição Baja SAE Brasil – PETROBRAS que ocorreu em Março no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), Piracicaba, interior de São Paulo.
O primeiro veículo foi chamado de Bajuína, uma alusão a um produto tipicamente piauiense, a cajuína. Era um veículo robusto marcado pelo pioneirismo e pouca experiência do grupo, mas que veio para marcar o início de um programa importante dentro do Estado do Piauí. Não conquistou títulos, não se saiu bem nas provas e recebeu duras críticas sobre itens que destoavam do regulamento da competição. Apesar de não ser competitivo, o Bajuína trouxe diversos aspectos positivos que só motivaram a equipe a crescer e desenvolver melhor seus conceitos.
Ainda em 2010 a Equipe IFPI Baja SAE preparou um novo projeto visando à competição seguinte, a Etapa Nordeste 2010 que aconteceria em Novembro. Foram utilizados seis meses para o desenvolvimento de projeto e dois meses para a construção do veículo com um mês para testes e treinos. Assim o IFPI apoiou a ida de sua representante à Camaçari, Bahia para mais uma competição.
O veículo batizado de IFPI 01 foi o segundo da equipe e chamou atenção pela simplicidade do projeto que proporcionou um veículo leve e prático com o power train destacável do chassi. Aquele foi um Baja SAE que passou pelas avaliações de segurança de maneira limpa, sem receber advertências e consequentemente sem perder pontos. Ainda assim alguns erros e falhas foram notificados e passaram a ser objetivos para os próximos projetos. Dentro da competição o resultado foi um pouco abaixo de esperado e mesmo assim boas experiências foram adquiridas.


Em 2011, com uma equipe renovada e melhor estruturada, deu-se início ao projeto de um Baja SAE nomeado Black Bull. Foi um projeto melhor elaborado e aprofundado. A equipe preparava-se então para competições futuras, a Etapa Regional daquele ano (2011) e a Etapa Nacional e Regional do ano seguinte (2012). Em 2011, durante o regional, classificou-se em 9º de 11 equipes inscritas e não participou de todas as provas. Os resultados mostravam que os sistemas e subsistemas do veículo eram frágeis e precisavam ser aprimorados. Assim na competição seguinte vieram as primeiras surpresas.
Ao todo, 72 equipes participaram da Competição Baja SAE Brasil 2012. A prova de Inspeção de Segurança, de caráter aprovativo ou reprovativo, classificou nossa equipe entre as cinco que não receberam nenhuma punição quanto à segurança oferecida pelo protótipo. Outra prova, o Abastecimento, classificou a equipe entre os cinco sistemas de reabastecimento que não apresentaram falhas, um resultado interessante para o grupo. Apesar de resultados iniciais positivos a equipe não pontuou bem e não pode participar de todas as provas devido a uma punição controversa explicada posteriormente à equipe através dos juízes da competição. Então o grupo trouxe para casa um amargo 48º lugar entre todas as equipes de Baja SAE do Brasil.
Ainda com o Black Bull, um novo pacote de atualizações foi desenvolvido pela equipe. O objetivo era refinar um pouco mais o desempenho do mesmo, evitar as perdas de carga da transmissão, sanar os problemas recorrentes de suspensão e direção, dentre outros. O veículo competiu pela última vez na Etapa Nordeste 2012, classificando-se em sétimo entre 14 equipes inscritas. Aquela foi uma competição marcante para os membros da Equipe IFPI Baja SAE por ser a primeira vez em que o grupo conseguiu participar de todas as provas do evento. Mesmo apresentando pontuações modestas o fato mostra que os resultados positivos podem continuar em uma crescente.
Hoje o grupo conta com o auxilio do Instituto Federal do Piauí – Campus Teresina Central e patrocinadores para desenvolver mais um veículo. As instalações e laboratórios, além do auxílio financeiro ao projeto são as ferramentas do IFPI para este desenvolvimento. A Equipe IFPI Baja SAE busca contribuir sempre mais para a formação acadêmica dos seus membros através das atividades desempenhadas e das competências exercidas pelos estudantes no decorrer do projeto. As experiências e o aprendizado adquiridos com o programa Baja SAE são levados pelos participantes para toda a vida.
RESULTADOS
